quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento diagnosticou 15 casos de Anemia Infecciosa Equina em Mossoró, o que preocupa Ministério Público.

O promotor de Justiça Jorge Cruz de Carvalho, da 3ª Promotoria de Justiça de Mossoró, investiga as causas que fizeram surgir e o fato de o Estado não ter combatido a existência de casos de Mormo e Anemia Infecciosa em equinos na capital do Oeste. Esta doença, que é transmitida principalmente por um mosquito que se alimenta de sangue, pode contaminar humanos e matá-los em seu estágio mais grave. A Portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado, edição desta quarta-feira (13). Jorge Cruz informa que o Mormo e Anemia Infecciosa são doenças causadas por bactéria que ataca os equídeos, podendo afetar a saúde humana de forma grave. O principal transmissor é o inseto que se alimenta de sangue (mutuca, por exemplo), mas também pode ser transmitida através de agulhas e instrumentos cirúrgicos contaminados, além de arreios, esporas, bridão e cabresto.O diagnóstico da doença nos equinos em Mossoró foi feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Inicialmente foram descobertos 15 casos de Anemia Infecciosa Eqüina em Mossoró, no período de 2007 a setembro de 2010.
Já o Mormo, o RN figura entre as 11 unidades da Federação onde foram diagnósticos casos positivos da doença, com destaque para Mossoró e Serra do Mel.

Diante do quadro, promotor Jorge Cruz pede as autoridades mossoroenses e também da Serra do Mel, com atuação nas respectivas secretarias de Agricultura, Pecuária e da Pesca para que envie, em 15 dias, a lista de eqüinos, asininos e muares, bem como a relação de proprietários e seus respectivos nomes e endereços a sede da 3ª Promotoria de Justiça no Centro de Mossoró.

O promotor Jorge Cruz quer também saber o que o Governo do Estado do Rio Grande do Norte e as Prefeituras de Mossoró e da Serra do Mel estão fazendo para fiscalizar a chegada de animais oriundos dos estados de AL, AM, CE, MA, PA, PB, PE, PI, RR, SP e SE, onde já existe a doença principalmente o Mormo. O correto seria as barreiras sanitárias evitar a chegada de animais destes estados ao RN.

A principal preocupação do representante do Ministério Público Estadual, no caso, é com o fato de que não existe cura ou vacina para estas doenças provenientes de eqüinos em seres humanos, sendo que, no caso específico do Mormo, é possível que inúmeras pessoas sofram com a doença sem ter o correto diagnóstico pelo fato dos sintomas serem semelhantes aos da tuberculose.

O promotor de Justiça Jorge Cruz espera receber todas as informações também se já existem casos diagnosticados em humanos em Mossoró de Mormo e Anemia Infecciosa e quais as medidas adotadas pelas autoridades municipais de saúde. A proposta do promotor é que a investigação resulte numa recomendação ao governo para que se faça um trabalho de prevenção continuada e controle, além de se estruturar o laboratório para se diagnosticar com mais precisão este tipos de doenças em animais e também em seres humanos.

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