quarta-feira, 6 de abril de 2011

Menino ainda não sabe que tem coração artificial no RJ

O menino Patrick Hora Alves, de 10 anos, ainda não sabe que há duas semanas recebeu um coração artificial. Ele é a primeira criança do país a ter o dispositivo, que fica localizado fora do corpo, segundo o Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Segundo os pais da criança, eles ainda não contaram porque Patrick está sem poder se comunicar, no Centro Intensivo de Tratamento do INC, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. A família dele é de Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade.
“Ele olha e percebe que tem algo diferente”, disse a mãe, Suely Alves, explicando que o filho deve voltar a falar em no máximo quatro dias.
O coração artificial funciona como uma bomba para ajudar o batimento do coração. Desde 2009 a família sabia que o menino ia precisar de um transplante, mas acreditava que só seria necessário na adolescência. Patrick tem uma miocardia restritiva, doença que leva o coração a perder suas funções, aos poucos.
“Ele pediu que eu arrumasse um coração para ele, se eu ia conseguir um coração para ele. E é nessa luta que eu estou há um ano e oito meses, tentando conseguir um coração para o meu filho, porque eu fiquei sabendo que era só isso que ia manter meu Patrick vivo”, desabafou, emocionado, o pai, Luiz Cláudio Alves.O menino agora aguarda por um transplante de coração. Segundo o Ministério da Saúde, em todo o país há 230 pessoas na fila. O Instituto Nacional de Cardiologia informou que por conta da gravidade do caso de Patrick ele agora é o primeiro da fila no Brasil.No caso de Patrick, por causa de sua idade, além de grupo sanguíneo compatível, o doador também precisa pesar, no máximo, entre 50 kg e 55 kg.Apesar de ser um dispositivo moderno, o coração artificial requer cuidados e o paciente corre risco de infecção. Segundo o cirurgião cardiovascular Andrey Monteiro, que cuida do menino, o aparelho pode durar apenas de três meses a um ano.

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