segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Escola Miguel Teixeira de Jardim de Angicos segue de Martins/Rn Para Mossoró/Rn

Ainda Martins na parte da manhã todos os alunos e professores, se dirigiram para a sala de refeição para tomar o café da manhã para depois sair com destino a Mossoró, cidade considerada a mais quente do RN.
mesmo assim deu para vislumbrar diversos pontos turísticos da cidade, tendo como guia a jovem Juliana.
Já dentro do ônibus, a guia deu bom dia aos alunos e falou a história de cada ponto turístico durante City Tour. Ela contou a história da Catedral de Santa Luzia localiza na avenida dix-sept rosado que foi fundada no ano de 1772 pelo sargento-mor Antônio de Souza machado, como forma de agradecer à Santa Luzia uma graça alcançada por sua esposa. Inicialmente ela era apenas uma capelinha.
Santa Luzia é a padroeira de Mossoró. Em virtude disso, a catedral recebe muitos fieis que vêm de toda parte do estado do RN e cidades vizinhas. No mês de dezembro ocorre, na catedral, a tradicional festa de santa Luzia. Uma referencia regional, em se tratando de festa religiosa. A catedral é muito importante para a história da cultura local, pois assim deu origem à Cidade de Mossoró.

Depois conhecemos um pouco da historia do Museu Municipal Jornalista Lauro da Escóssia que  foi criado no ano de 1948, com seu acervo fixado na cultura da região. Hoje, está instalado na antiga cadeia pública que se tornou Centro Histórico Cultural Manoel Hemetério.
Passamos em frente à Praça Vigário Antônio Joaquim, onde se localiza o monumento de Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia, politico brasileiro, prefeito de Mossoró, governador do Rio Grande do Norte, falecido em um desastre aéreo na costa de Aracaju (Sergipe), em 12 de julho de 1951.
Conhecemos também o Teatro Municipal Dix-Sept Rosado Maia, esse que foi construído pela Prefeitura em parceria com a Petrobras. A obra custou R$ 6 milhões e tem uma capacidade de acomodação de público de 740 lugares. Dispõe do que há de mais moderno em estrutura de teatro. Lá já houve shows da cantora Joana e do humorista Zé Lezin, entre outros.
Uma parada de 15 minutos na Igreja São Vicente, que se situa na Avenida Alberto Maranhão conhecida por sua vasta História. No pátio externo da Capela de São Vicente, um cangaceiro morto é a maior prova da derrota imposta por Mossoró ao rei do cangaço. Era a primeira vez que Lampião saía escorraçado de uma luta. Nesta igreja é Palco também do espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró, acontecido anualmente, feitos por artistas da terra, mostrando a derrota da batalha do bando.
O ultimo ponto visitado foi Memorial da Resistência, situado na Avenida Rio branco. O Memorial foi feito com a ideia que as pessoas façam uma viagem ao tempo, para conhecer a Mossoró de 1927. Com uma pequena parada de pouco mais 30 minutos, estudamos e detalhamos a Mossoró que atraiu a cobiça dos cangaceiros na década de 20. O Memorial mostra os aspectos econômicos, sociais e culturais do município naquela época. Uma grande homenagem aos homens que lutaram naquela época.
Mossoró, a exemplo de outras cidades do semiárido nordestino, faz parte desse enredo, que hoje é contado – em fotos e textos – em exposição permanente no Memorial da Resistência. Oitenta e um ano depois, a resistência de Mossoró ao bando de Lampião ainda rende. Foi lá, em 1927, que o cangaceiro e seu bando correram em busca do sertão paraibano, tendo sido morto onze anos depois. Naquele tempo, Lampião era tido como o “rei do Nordeste”, e apenas a citação de seu nome causava temor a quem ouvisse. Não se discute se era bandido ou vítima do sistema, como apregoam alguns historiadores, mas o certo é que Virgulino Ferreira da Silva fez história.
A estrutura do memorial apresenta três divisões, sendo uma direcionada aos resistentes, conhecidos e anônimos que permaneceram na cidade e, conforme a história fez valer a estratégia do prefeito Rodolfo Fernandes. A segunda retrata a cidade da década de 20, o comércio, a sociedade e os costumes da época. O terceiro bloco se volta às figuras emblemáticas do cangaço.
O que dá para perceber no Memorial da Resistência é um resgate histórico do que aconteceu antes e depois de 13 de junho de 1927, data em que Lampião invadiu Mossoró em busca de 400 contos de réis, cuja trama teve origem no Ceará, onde o coronel Isaías Arruda morava e arquitetava planos aos cangaceiros.
Em painéis, toda essa história é contada. O Memorial da Resistência foi pensado para atrair pessoas interessadas em conhecer o que se passou em Mossoró em 1927, bem como para serve de espaço pedagógico.
Voltando à história que culminou com a construção do memorial, a invasão a Mossoró, como já foi dito, ocorreu em 13 de junho. Antes disso, os cangaceiros já haviam chegado ao Rio Grande do Norte, pelas bandas do Alto Oeste, via município de Luís Gomes. De lá passaram por várias cidades, e antes de chegarem aqui, também enfrentaram resistência em Marcelino Vieira.
Em 10 de maio, quase um mês antes de Lampião pisar em solo mossoroense, os cangaceiros agiram em Apodi. Foi à deixa para que o prefeito Rodolfo Fernandes agilizasse o plano de não ceder às investidas de Lampião. Mulheres, crianças, idosas e enfermas foram levadas para fora de Mossoró.
Trincheiras foram montadas em vários locais da cidade, mas foi na capela de São Vicente que o combate se deu e onde um cangaceiro tombou atingido na cabeça, e outro ficou ferido – Colchete e Jararaca. O último foi morto dias depois e, passado todo esse tempo, ainda se tem dúvidas se ele foi enterrado vivo ou não.
Em um dos painéis neste memorial, todos os alunos comentaram a verem a foto de Alzira Soriano, filha natural de Jardim de Angicos, ou seja, nossa conterrânea. Ela, há 82 anos conquistava outro feito, até então inédito, que marcou o início da trajetória das mulheres na política. Alzira foi eleita prefeita do município de Lajes, em 1928, entrando para a história como a primeira mulher escolhida para chefiar o Poder Executivo no Brasil e na América Latina. Cercada por homens, Alzira quebrou preconceitos e comandou ato administrativo em seu gabinete na prefeitura de Lajes.
Já no final da visita em Mossoró, outro fato, intrigou os alunos. A guia contou que 30 de setembro, a cidade comemora a mais cívica de suas festas: a libertação de seus escravos em 1883, fato ocorrido cinco anos antes da famosa Lei nº 3.353, de 13 de maio de 1888, a cognominada “Lei Áurea”, assinada pela Princesa Isabel, que acabava definitivamente com a escravidão no Brasil.
Ou seja, antes mesmo da lei áurea valer, existiram cidades brasileiras já haviam libertado seus escravos. Como muitos apregoa que Mossoró foi primeira cidade a libertar os seus escravos, há relatos que esse mérito coube a Acarapé, no vizinho Estado do Ceará, que libertou os seus escravos no dia 1º de janeiro de 1883. Na realidade, Mossoró foi à sexta cidade a acabar de vez com a mancha negra da escravidão, já que antes de 30 de setembro, cinco outras cidades cearenses já os tinham libertado.
Após adquirirmos todo esse conhecimento, entramos no ônibus e sairmos em direção da praia de Tibau, momento de lazer.

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