quinta-feira, 31 de março de 2011

José Benedito de Oliveira afirma que aos poucos supera a morte das filhas. Polícia faz caçada ao principal suspeito do crime no interior de São Paulo.

O pai das garotas assassinadas em Cunha, no interior de São Paulo, diz que aos poucos tenta superar a morte das filhas. Sentimentos de dor e alegria ainda se misturam. “A gente conversava muito. Elas faziam a gente rir num momento de tristeza quando estava chateado por alguma coisa”, lembra.A Polícia Civil segue à procura de pistas de Ananias dos Santos, de 27 anos, principal suspeito pela morte das irmãs Josely Oliveira, de 16 anos, e Juliana Oliveira, de 15, na cidade a 231 km de São Paulo. Policiais foram destacados para tentar solucionar o crime que chocou a cidade.No fim da manhã desta quinta-feira (31), a perícia voltou ao local do crime. À tarde, os moradores devem realizar uma manifestação pedindo por justiça."Meu Deus do céu, porque foi acontecer isso. Que coração de pedra. Que coração duro", afirma o pai. A toda hora, ele se emociona ao falar do caso. E chora quando lembra das garotas. Josely sonhava ter um salão de beleza. Juliana queria ser modelo. As duas jovens viviam para a família. Ajudavam o pai, que é catequista na igreja. E adoravam a escola. Os boletins mostram que eram alunas aplicadas.

O principal suspeito pelo duplo homicídio cumpria pena no Presídio Edgar Magalhães Noronha, em Tremembé, também no interior, mas não voltou depois da saída temporária de Páscoa, em 2009. Desde então, Ananias passou a morar com os pais, na zona rural de Cunha, no mesmo bairro em que as adolescentes viviam. Ele já entrou para a lista dos mais procurados da polícia paulista.
Para a delegada seccional de Guaratinguetá, Ananias tem um comportamento difícil. “Pelos antecedentes dele [Ananias], ele era uma pessoa que não podia ser contrariada em nada”, diz a delegada seccional Sandra Maria Vergal.

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